Um rapaz na estação do metrô, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Somente uma mulher reconheceu a música...
O vídeo da apresentação no metrô está no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
É...
Pois é...!
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8 comentários:
Ita, q bom ter vindo me ver, fiquei mto feliz , mas engraçado q eu realmente não tinha visto no seu perfil q vc era de Paraty, este lugar q amo demais. Quem sabe nos encontramos, pq devo ir no início de outubro passar um fim de semana por aí. Se for, te aviso e vc diz onde te encontro, vai ser um prazer. Qto ao post eu concordo q as pessoas estão mto desligadas doq é bom e passam por lugares sem olhar e ver algo de bom. Eu qdo viajo, principalmente, procuro ver, ouvir e às vezes falar c as pessoas , além de fotografar. Tenho mtas fotos de Paraty, pois é um lugar iluminado, mas procuro sempre lugares diferentes e q me toquem. No orkut tenho um álbum só de Paraty, mas não coloquei todas as fotos. Vou adorar te receber sempre nos meus blogs. Tb se vier por Niterói é só me procurar. Bjks
Que bom, Marisa!
Creio que a gente não escapa de se encontrar pois alem de Paraty... dois dos meus filhos moram em Icaraí...veja você.
Vamos caminhando nessa rua de mão dupla
Obrigada!
essa é a minha reflexão do dia Ita!
nesta Mostra de Artes que coordenamos a verdade incontestável foi justamente essa:
Emoldurar a arte o artesanato, contextualizar, dar identidade ao seu produto, dar sentido. alma aquilo que se cria!
Vou te dizer. é um trabalho fazer-se entender dentro desse olhar, mas vendo o vídeo do vilonista, percebemos o quanto isso é importante.
Mandei este post para todos os artistas e artesãos da cidade.
Valeu.
Bacana Vera,
Minha luta é vencer as barreiras de todo estereótipo... Ando mesmo empenhada nisso, tanto que atraí essa materia e o video...nada é por acaso...
E nós? que sintonia absurda, não?
Quero te contar umas coisas, escrevo email assim que der
Abraçao
Nossa, que interessante!...
Quando eu era criança e dizia que era apaixonada por algum artista, minha mãe ponderava: "e se ele fosse gari, trabalhasse varrendo a rua, ainda assim vc se apaixonaria por ele?"
Na maioria das vezes, eu chegava à conslusão que não...
Mas se fosse o Brad Pitt, até vestido de gari, pendurado na caçamba do caminhão de lixo, eu queria! Hahaha!
É Valeria...pois é...!
Eu fico sempre feliz quando vc vem
Guria, tu es aquela mulher que reconheceu...
Abraço de osso
É isto aí minha amiga, muitos cosinheiros só recochecem o conteúdo do produto através do envólucro da embalagem quando deveriam reconhece-lo pelo sabor.
Isto sem contar que provavelmente muitos músicos passaram por ali. mas se tivessem reconhecido o violino, com certeza teriam dado uma paradinha.
Infelizmente seja na arte ou no ser humano, a moldura é que faz a diferença.
Abraços
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