Eu pinto ainda...Amor
E que me importa se a estrada é longa,
Se a esperança é finda,
Se é fria e morta, tanta coisa linda.
Se tanta coisa linda, é fria e morta.
Eu pinto ainda...
A esperança da dignidade e da paz que eu não achei.
Eu pinto também tal desventura.
Eu pinto a infinda razão que tenho para não pintar.
Ouço do mundo a ordem brutal para parar
Mas ainda assim, tomo Teus pincéis, e pinto ainda, Amor!
Eu pinto ainda, Amor,
A inexistência das cores, no desencontro dos amores.
Eu pinto, porque pintar é transcender, estancar.
Eu pinto porque enquanto pinto não penso, nem sequer me pertenço.
Eu pinto porque pintar é a única forma que eu tenho de me ofertar a Ti
Ouve, eu Te imploro,
O lamento das sedas,
O sussurro das cores.
Aceita a fragilidade dos traços e a palidez desta aquarela.
Depois toca de leve meu pobre ser, desolado e dormente,
Pois quando Tu me tocas,
Tudo em mim volta à vida, tudo em mim renasce, tudo em mim floresce.
Faz brotar novas flores em meu jardim secreto
E ilumina as cores desta minh'alma de artista...
Para que eu possa continuar dizendo:
Eu pinto ainda...Amor!
Um comentário:
Oi Ita! Nao tem problema se nao conseguiste publicar, importante è que tenhas lido. Obrigada pelo elogio e parabèns tambem à vc pelos teus trabalhos maravilhosos e plenos de colorido que tanto me encantam.
bjos Marta
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