O bicho-da-seda é a larva de uma mariposa. Quando nasce mede cerca de 2,5 mm de comprimento. Durante 42 dias alimenta-se sem parar, de folhas de amoreira e sofre quatro metamorfoses.
Quando atinge o tamanho de 5cm, começa então a tecer um casulo branco e brilhante, composto por um único fio. Com um movimento geométrico infinito, em torno de seu próprio corpo, após três dias de trabalho, estará envolta em um casulo confeccionado por um fio de aproximadamente 1200 metros. Se for deixada em paz... Em 12 dias se transformará numa borboleta.
Com esses fios, há quase três décadas, ando tecendo a minha história. Por um desejo simples, desprovido de maiores intenções, eis aqui um espaço onde me proponho a compartilhar minha trajetória e falar livremente sobre todo tipo de arte, incluindo a arte de viver.
Bem-vindos ao meu mundo, onde nem tudo é sempre colorido, transparente, leve, mas que guarda em si, todas essas possibilidades...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma carta para o céu






Eu pinto ainda...Amor
E que me importa se a estrada é longa,
Se a esperança é finda,
Se é fria e morta, tanta coisa linda.
Se tanta coisa linda, é fria e morta.

Eu pinto ainda...
A esperança da dignidade e da paz que eu não achei.
Eu pinto também tal desventura.
Eu pinto a infinda razão que tenho para não pintar.
Ouço do mundo a ordem brutal para parar
Mas ainda assim, tomo Teus pincéis, e pinto ainda, Amor!

Eu pinto ainda, Amor,
A inexistência das cores, no desencontro dos amores.
Eu pinto, porque pintar é transcender, estancar.
Eu pinto porque enquanto pinto não penso, nem sequer me pertenço.
Eu pinto porque pintar é a única forma que eu tenho de me ofertar a Ti

Ouve, eu Te imploro,
O lamento das sedas,
O sussurro das cores.
Aceita a fragilidade dos traços e a palidez desta aquarela.
Depois toca de leve meu pobre ser, desolado e dormente,
Pois quando Tu me tocas,
Tudo em mim volta à vida, tudo em mim renasce, tudo em mim floresce.
Faz brotar novas flores em meu jardim secreto
E ilumina as cores desta minh'alma de artista...
Para que eu possa continuar dizendo:
Eu pinto ainda...Amor!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Boa semana


"Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores
impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou
economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é
romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que
o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu."

Luis Fernando Veríssimo